sábado, 5 de novembro de 2011

Verdades da profissão de professor


Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Freire

Nesse texto Paulo Freire nos da uma lição de ética no sentido de valorização do trabalho do educador. Percebemos que obviamente a ética deve ser ansinada, mas antes vivida pelos próprios educadores de dentro para fora ( na sua vida pessoal) e de fora para dentro (na valorização do seu trabalho).

Monica

Escola pivô da crise do Enem tem aula de ética



Escola pivô da crise do Enem tem aula de ética
IG 30/10/2011 22h00
No centro da nova crise do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o grupo educacional de 60 anos ao qual pertence o Colégio Christus dá aula de ética, educação religiosa e mantém relação estreita com os pais dos estudantes. Ao mesmo tempo, trava há décadas uma 
disputa agressiva contra seus três principais concorrentes pelos melhores resultados nos vestibulares do Ceará.
Na frente de uma das sedes de seu pré-universitário em Fortaleza, o Colégio Christus colocou faixa se orgulhando do resultado alcançado pela instituição no Enem de 2010, segundo a qual a instituição obteve um dos melhores desempenho no Brasil. A mesma informação está nos anúncios de jornais, em rádios, televisões e outdoors espalhados pela cidade.
A estratégia de marketing é reflexo da competição do colégio contra as escolas particulares Farias Brito, Ari de Sá e 7 de Setembro – todas recorrem a recurso idêntico. Essas instituições educacionais cearenses são adversárias diretas na briga pelas melhores colocações e pelo maior índice de aprovação nos vestibulares locais.
Juntas, essas quatro escolas arrebatam ano após anos, há pelo menos duas décadas, praticamente todas as vagas dos cursos mais concorridos das universidades públicas locais. Os alunos dessas escolas também são destaque constante em olimpíadas de ciências exatas nacionais e internacionais e no vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) – considerado um dos mais difíceis do País.
Os quatro grupos educacionais possuem sedes modernas distribuídas por vários pontos da capital cearense e cobram mensalidades muito parecidas – em torno de R$ 600 para o 3º ano, valor alto para o fortalezense médio. Além disso, Farias Brito, 7 de Setembro e Christus têm suas próprias faculdades. As três são bem avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) e foram criadas praticamente no mesmo período, em mais um sinal da competição acirrada entre elas.
O capítulo mais recente dessa disputa envolve os equipamentos tecnológicos utilizados pelas escolas nas aulas. O Ari de Sá inovou primeiro anunciando que passará a substituir livros por tablets a partir do ano que vem, com a promessa de um ensino mais moderno e eficiente. Em resposta, imediatamente o Christus espalhou outdoors pela cidade divulgando que adotará lousas digitais nas salas de aula – uma parafernália que proporciona imagens em 3D.
Em público, o Christus se esforça para parecer uma escola moderna, focada nos resultados obtidos diante de seus concorrentes. Aos pais, o discurso muda e é ressaltada “a formação baseada na ética e moral cristã”. A escola é assumidamente católica, tem disciplinas religiosas e oferece formação para primeira eucaristia e crisma, além de ter sua própria capela.
Embora não seja vinculada a nenhuma ordem religiosa da Igreja Católica – a instituição foi fundada em 1951 pelo professor Roberto de Carvalho Rocha, pai de Davi Rocha, atual diretor geral – a disciplina de Filosofia e Moral Cristã, por exemplo, é obrigatória.
A escola também aposta em outro diferencial. Ao contrário de seus três principais concorrentes, o Christus não está no centro de Fortaleza. Todas as suas sedes ficam em bairros de classe média da cidade. Uma delas, inclusive, está no bairro Parquelandia, na periferia. Em 2012 será inaugurada uma nova no Benfica, bairro residencial e universitário. A estratégia é estreitar os laços com os pais e alunos, a exemplo do que faz a igreja com as paróquias.
“De 15 em 15 em dias ou pelo menos uma vez ao mês havia reunião com os coordenares e professores”, relata a comerciária aposentada Creuza Maia, de 59 anos. Os dois filhos dela, hoje formados, estudaram todo o ensino básico na escola. “Existem pais que não passam da porta da escola para entregar e levar o filho, mas para os que querem acompanhar de perto, havia acesso direto aos professores e a direção. Se eu chegar lá hoje, todos ainda lembram-se de mim”.
As três filhas do médico oftalmologista José Edvaldo Freire, 47 anos, estão matriculadas no colégio desde que iniciaram os estudos. A mais velha está no 3º ano. Faz parte da lista de 639 alunos que terão de refazer o Enem nos dias 28 e 29 de novembro, de acordo com a decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Apesar de toda estrutura, aparato tecnológico e bons resultados, os dois fatores que pesaram mais para que o médico escolhesse a instituição para matricular as filhas foram praticidade e religião. “O Colégio Christus é uma escola que oferece formação científica, moral e religiosa de alto nível, complementando o que é vivenciado na família”, argumenta.
O MEC acusa a instituição de ter copiado do pré-teste 14 questões que caíram nas provas do Enem e defende que apenas os 639 alunos matriculados no 3° ano do Ensino Médio do Christus refaçam a prova – apesar de o iG ter mostrado que pelo menos 320 alunos de cursinho também tiveram acesso ás questões.
O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) defendem a anulação das 14 questões supostamente copiadas.
O colégio nega ter cometido irregularidades. A instituição está sendo defendida pelo escritório de advocacia Cândido Albuquerque Advogados Associados – um dos mais conceituados do Ceará. A defesa alega que as questões “coincidentes” que derivam de pré-testes são da responsabilidade do próprio Inep e que a divulgação do material didático alcançou o “público em geral”.
Cândido já foi presidente da Ordem dos Advogados (OBA) do Ceará, é professor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pré-candidato À prefeitura de Fortaleza pelo Partido da República (PR). É um dos principais advogados do Estado. Sua contratação mostra o tamanho do Christus no Ceará - e o quanto a escola leva a sério uma polêmica que ameaça, como nunca, sua reputação no Estado.
http://www.correiodoestado.com.br/noticias

Como pode uma escola religiosa, que prega a ética e a moral, se utilizar de um meio torpe, para poder ser melhor ranquiada e tentar se dar bem em relação as demais escolas. A ética neste caso, ficou em segundo plano, pois com esta "tática", talvez o colégio Christus consiguiria uma quantidade maior de alunos. Gostaria de saber a opinião dos pais de alunos que frequentam o Colégio mencionado. Como explicar ao seu aluno, uma atitude totalmente equivocada, e que vai na contramão dos seus conceitos, até então pregados de forma correta e que visava formação de um cidadão pleno.

Eliane

Mensagem do dia



"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo,torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."

Paulo Freire

http://www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire/

Monica Matos

E a estética...



De acordo com Iser (in Rosenfield et al, 2001, p. 35), a estética foi definida em 1735 por Baumgarten como a ciência de como as coisas podem ser conhecidas pelos sentidos. Essa definição vai além daquilo que costumeiramente se fala, que é a questão do belo ou agradável aos olhos. Pelo contrário, a estética é captada por todos os sentidos.
Hegel, por sua vez, também fala na estética como “um objeto que o pensamento é incapaz de apreender” (HEGEL, 1974, p.165). Assim sendo, podemos perceber que ela é mais do que aquilo que já apresentamos, ou seja, mais do que a busca do belo pelo belo, embora esta seja uma de suas faces.
Na escola, a estética aparece em diversos momentos: na organização, na maneira de tratarem-se entre si alunos e professores, no comportamento geral, na limpeza e cuidado do aspecto físico, na construção do currículo e dos conteúdos... Freire diz que “ensinar exige ética e estética” (FREIRE, 2001, p. 32). E esses dois elementos estão presentes no dia a dia da escola, normalmente sem que as pessoas deem-se conta disso.
http://www.cidadesp.edu.br/old/mestrado_educacao/artigos/discentes/artigo_clovis_23_11_09.pdf



http://jpfs2005.blogspot.com/2009/04/o-esquadrao-da-limpeza.html

"...na organização, na maneira de tratarem-se entre si alunos e professores, no comportamento geral, na limpeza e cuidado do aspecto físico, na construção do currículo e dos conteúdos..." Essas frases deixam claro o que desejamos abordar se tratando de Estética Escolar. Vamos dar atenção para esses fatores que são sim, muito importantes para o aprendizado.

Vadinélia (Manu).